O que é gagueira e como tratá-la?

A gagueira é um distúrbio da comunicação onde 70% dos casos observados são genéticos, 30% de causas ambientais e apresenta maior taxa de incidência no sexo masculino. A gagueira pode ser desencadeada por agentes físicos (trauma após algum acidente, por ex.), psicológicos (após algum acontecimento marcante, como a morte de uma pessoa muito próxima) e ambientais (como substancias tóxicas). Ela pode ser causada por diversos fatores. O stress e as emoções se relacionam com o tempo de duração e a intensidade que ela se manifesta. Esse transtorno acomete todos os parâmetros da fluência, ou seja, a CONTINUIDADE, a VELOCIDADE, o RÍTIMO e o ESFORÇO de quando falamos.

A gagueira pode ser:

Do desenvolvimento: origem genética, mais comum dos 2 aos 4 anos,

porém pode desenvolver até os 12 anos;

Psicogênica: de origem imitativa, relacionada à transtornos psiquiátricos;

Adquirida ou Neurogênica: ocasionada por lesões cerebrais, geralmente acompanhada de outros comprometimentos na linguagem. Geralmente apresenta repetições, dificilmente acompanhada de concomitante físico (ex: piscar rapidamente ou apertar os olhos, bater as mãos ou os pés ao mesmo tempo das rupturas).

Dados de neuroimagem sustentam a hipótese de que pessoas que gaguejam possuem alterações em conexões se comparado à pessoas fluentes, principalmente no hemisfério esquerdo do cérebro. Essa anomalia afeta a integridade das ligações de matéria branca que formam o FLS, fascículo longitudinal superior, uma rota importante de feixes de matéria branca que ligam as estruturas localizadas na região anterior (motora) e posterior (sensorial) do cérebro. De acordo com alguns estudos, pessoas que gaguejam apresentam maior volume e atividade no hemisfério direito do cérebro, talvez como uma reação compensatória aos déficits de conectividade presentes no hemisfério esquerdo.

Atualmente, não existe uma cura que funcione para todas as pessoas que gaguejam. No momento, a terapia fonoaudiológica é a opção mais viável para o tratamento da gagueira!

O sucesso terapêutico em crianças frequentemente leva menos tempo do que o necessário para adultos, e a obtenção de um padrão normal de fluência é a meta para a maioria das crianças. Nelas, a recuperação pode ocorrer ou porque adotam um padrão de crescimento neural compensatório que supre com sucesso a falta das regiões do cérebro deficientes, ou porque elas conseguem, a partir da intervenção, um padrão de desenvolvimento cerebral que se assemelha ao das crianças fluentes. Dessa forma observamos a grande importância da intervenção precoce, ou seja, a intervenção terapêutica o mais cedo possível.

Um adulto tem muito mais probabilidade de ser resistente à mudança, logo o objetivo para a maioria das intervenções terapêuticas no adulto é um estado em que a gagueira ocorra com menos tensão (modificação da gagueira), ou um padrão de fala que seja controlado de forma voluntária e consciente por meio da reaprendizagem dos componentes da fluência: respiração, fonação e articulação (modelagem de fluência). O tratamento também deve abordar o impacto psicológico e social do distúrbio, o que geralmente leva à necessidade de encaminhamento à um psicólogo para um trabalho associado.

Ainda está com dúvidas? Entre em contato por direct no meu instagram @fgathaynagomes, eu tentarei lhe ajudar! Me siga por lá!

Até logo.

Fga Thayná Gomes.